quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

SILÊNCIO

SILÊNCIO

No falsário que è meu , neste penar,
noite alta , noite escura , noite morta ,
sou o vento que geme e quer entrar,
sou o vento que vai  bater -te  porta .

Vivo longe de ti , mas que me importa?
Se eu jà não vivo em mim !  Ando a
 vaguear em roda  à tua casa  ,a procurar
beber - te a voz ,apaixonado absorto !

Estou junto a ti e não me vês ...
Quantas vezes no livro que tu lês
o meu  olhar se pousou e se perdeu !

Trago - te como um filha no meu peito !
e na tua casa ... Escuta ! ... Uns leves passos ...
Silêncio , meu Amor ! ... Abre ! Sou eu  !




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