Nas nossas duas sinas tão contrariarias
Um pelo outro somos ignorados :
Sou filho de regiões imaginárias
Tu pisas mundos firmes jà pisados .
Trago no olhar visões extraordinários
De coisas que abracei de olhos fechados ...
Em mim não trago nada , como os parias ...
Sò tenho os astros , como os deserdados ...
E as tuas riquezas e de ti
Nada me deste e eu nada recebi ,
Nem o beijo que passa e que consola .
E o meu corpo , minha alma e coração
Tudo em riso pousei na tua mão ! ...
... Ah ! como è bom rum pobre dar
esmola ! ...
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