quinta-feira, 20 de outubro de 2016

AMADA

DE  JOELHOS

« Bendita mãe que te gerou . »
  Bendito o leite que te fez crescer
  Bendito o berço aonde te embalou
a tua ama , para te adormecer !

Bendita essa canção que te acalentou
da vida o doce alvorecer ...

Bendita seja a lua , que inundou
de luz, a terra  , sò para te ver ,,,

Benditos sejam todos os que te
amarem , aos que em volta de ti
se ajoelharem numa grande paixão
ferve rente e louca !



E se mais que eu , um dia
te quiser alguém , bendito
seja   o beijo dessa boca !




DIABRICES

Brigas no abrigo esperado
olhos de sereia
luzindo ao sol amando
da mais próspera boleia
rebolo no teu feno
e a tua humildade reflecte - se
saboreia - se o clima ameno
a noite repete - se
a tristeza abafada o medo
de possuir demónios na veia
enrosca - me em forma de torpedo
no riacho da tua ceia
abraço o estômago da rivalidade
abrindo fogo com a arma mais pesada
a procura è uma necessidade
de tal  onda viciada
o esqueleto gravado em terra
da morte esquecida no presente







AMADA

Sopro fino
de vento a rigor
levando areia ao rosto
hirto húmido no olhar
um dedo apontado
ao mito
a beleza do silêncio
no grito
cada ilha um livro
um filho
parido por hábil
febre a mar em
dedo  marfim por escrito
passo a passo a magoa
barco a pele mármore
tecida a mãe
a mão ao leme
caricia forte o instinto
para a revolução
de dar um coral um
nome
esperar o céu aberto
aberto ao chão

...

( terão caule e cal là tão secretas razões )
não deixa cinzas para deitar  as ilhas
mas luz apenas luz por onde podemos
andar e sair de pátios fechados sobre
si aberto às casas causas que pedra
a palavra sílaba sobre o seu mundo
constrói e sem medo por dentro da
nossa paz fugaz abre a liberdade
aos templos sem orações de deuses
faz homens das musas mulheres
de templos apenas um lugar onde
o tempo devagar põe a natureza
um amor feroz





EU

Nos rostos da vida
sufocados pela timidez
saem frases perdidas
no encher das marés
o vazar da lua cheia
debruça - se nos meus
braços corre - me nas
veias linha em forma
de traços seguro as
pernas de pè
para não tentar ir
abaixo
o que não  encaixo
a minha forma de estar
não è igual a minha
maneira de  ser
o que transmito no olhar
nem sempre è aquilo
que queria ver
as pétalas que murcham
no meu coração sofrem
da angústia no meu entender
respiram espasmos de ilusão
e temem o medo de morrer




MANCHADO

Num pensar escuro
de sonhar
esta noite irei tentar
adormecer sem me deitar
tentar ficar nos teus braços
cheirar a tua inspiração
sentir  o teu respirar
para me deliciar
no teu perfume cheirar
o teu hálito
por as raízes
do teu cabelo sobre
os meus
para tentar obter
o teu sorriso
passo com a lìngua
entre os teus lábios
passo a sonhar um sonho
sò nosso
viajo pelo teu corpo deslumbrante
carregando baterias de prazer
a tua pele macia e brilhante
reanima - me as fontes de viver





NOITE

Gosto de ver a tua esborratada
de marcas de bâton
os seios das estrelas luzindo
dançando ao som de um som ...
gosto de olhar para o céu e
 vê - lo coberto de um vèu
adoro a noite !

tudo fica mais transparente
as expressões de tristeza
são diferentes

as pessoas parecem todas
iguais as sombras tratam
das maquilhagens
não hà gente bonita
nem demasiada feias
o silêncio toma conta de nòs
sente - se um sentimento de
à - vontade
de sossego  ...
e algumas verdades
adoro a noite !

e durante o dia
è uma saudade

adoro a noite !

porque tem sabor
a realidade

onde descanso ...
alcança o pódio
da maior verdade

a noite è a vida em claro ...




CHOROS

A  solidão è negra
paira no ar um nevoeiro
intenso um negro claro
invade - me o olhar
preciso de um lenço
preciso de me assoar
escorre - me dos olhos
um liquido que me percorre
e rosto

estou a chorar
tento vitalizar a mente
tento controlar - me
mas não dà ! sempre
a chorar

encandeiam - me a alma
tomando conta dos meus
sentidos

não tenho calma
não tenho comprimidos

de mim saem ruídos
saem gemidos

sò sei o que è sofrer
sò sei o que è amar

agora sò resta - me  saber
o que è morrer
porque o resto jà ninguém
me pode ensinar




O POETA
Seara nuvem , barco melodia
no coração das feras e das aves ,
trazes a aurora em tuas mãos
suaves abrindo a noite , barco
e melodia .

Lírio solar , estrada a cotovia
jamais sonhada pelas próprias aves ,
a morte e a vida , a porta e as chaves
tu em ti se anuncia
sonharam te os abismos ,
e os morcegos volvem - se
em arcanjos e vêm , cegos
quando os fitas , pousar
 na tua mão

sò em ti a beleza encontra a forma .

cantas ! e logo a noite se transforma
no dia que faltava a criação


A CRISÀLIDA

Não te perguntei se alguma
vez esperaste minhas palavras ,
meu navio , este vento ardente
Reclino meu rosto na madrugada
que nasce incendiada em teus olhos
quando me fitas e , na dor e no silêncio ,
as malhas teço com que me sepulto .

Por què tanto muro , tão espantosas
muralhas aq separar - nos ? na vida ,


na morte , onde eu estiver estarás
comigo , e o resto não será mais ,
verás , que um maravilhoso bicho
esperando ( a primavera ? )
em seu casulo
























































































































































































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