terça-feira, 4 de outubro de 2016

Dinossauros em Janeiro

De tempos em tempos
o mundo , torna - se
noutro ,

renova - se sucedem gerações
e coisas ,
vão cada vez mais ao fundo ,
soterrados a alicerces ,
poso , cova ,


sob os passos onde tu pisas ,
apartados a reboque ao desconecto

os valores e poderes que podemos ,
cristalizados , em rocha permanente .

OBELISCOS IMUTÁVEIS ,
marcas sectores das antigas
almas
que encarnamos , desengrenadas  ,
vagam soltas na mente

O NOVO MUNDO vê - nos como fósseis .
Nas luas que ficaram perdidas , nas auroras
a muito amanhecidas que num despertar a mais
Eis ; soltaram do roteiro das vidas , sem sequer
despidas

LONGE , AS VEZES noutros mundos ando
a vagar entre os dinossauros ... entre casulos
ocos de borboletas ,

explorando , não onde , mas quando .

Arqueologia de vestígio e muros ,
escavo areia num girar de ampulhetas

A alma confinada nesta terra , por fora ,
aqui corpo : longe por dentro .

O relógio fará para todos estrangeiros ,
 alienígena na erra .

NESTE NOVO MUNDO , novo , novo que
 enfrenta de tempos em tempos  dinossauuros
de  Janeiro ...

Poetry Flowers

Fausto Fonseca

FloreyPoesia

@floresepoesia63 / facebook.com

       Alfena / Porto

Contacto : 915 179 813

         Obrigado !






Sem comentários:

Enviar um comentário

o tempo

escoa - se por entre os teus cabelos em ti as leivas as fontes as fontes e as sementes os mais secretos caminhos em ti as searas ainda futur...