Fomos namorados há vinte anos
e toda a manhã perdidos à procura
das palavras de ontem à noite ,
julgávamos - la pousada à tarde
em cima da mesa onde era costume
trocarmos de livros ao sol ou frutos
com frio , corremos à casa o bosque
e nada .
Sò um silêncio estranho
mesmo sem vento ou fúria
as frestas , às janelas . a bater
com as portas , à memoria dos sonhos
a diluir - se no adormecer e acordar
tumultuosos que não percorrem um sono
longo e difícil , uma luz sem razão , uma
sombra de ninguém , um elo seco sem
sentido e caminho , um brado animal
de estar sempre tudo fora do sitio, embora a mão
localizando o caos perto , a alegria solitária de irmos
longe fazer a cama um ao outro , levantar a almofada
e descobrir tudo là guardado , estimado e palpável ali
debaixo ali debaixo , como um segredo a chamar - nos
de propósito , como o primeiro som de uma criança a sair
de um útero , a ultima silaba a escapar sabia boca ávida ,
nua para a partida ou chegada , um abraço de abrir o corpo
e fechar o reencontro
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