quinta-feira, 20 de outubro de 2016

VENTO

vento

à beira rio um criança
estava num jardim a
separar as pombas
dos melros por causa
do milho a cair sob
o olhar atento das
gaivotas


e o silêncio rente das andorinhas
no meio das folhas irrequietas das
árvores a criança agarrou um papel
com palavras e imagens que a meio
do vento me fugiu das mãos , a
crianças pediu - me que fizesse
daquela página solta um avião
ou um barco , disse -- lhe faz
tu , eu , sò ajudo , não sei voar
nem navegar , a criança começou
a sonhar com a habilidade e a
 imaginação ,

o coração começou - se a abrir como
 uma cor e a cabeça fechou - se como
uma concha ,

no fim da história apareceu a mãe a dizer
a criança não estragues o poema que è
 desse senhor

respondi - lhe foi o seu filho que me ensinou
a voar e a navegar por um instante , foi ar
que se lhe deu , não pertencem a ninguém
acaso , vivacidade , sei là ,  a arte não te dono
anda por ai , ainda bem , amen



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