sopro fino de vento
a rigor levando areia
ao rosto hirto um deserto
húmido no olhar
um dedo apontado ao mito
a beleza do silêncio no grito
cada ilha um livro e um filho
parido por hábil febre a mar
dedos em marfim por escrito
passo a passo à mágoa
barco à pele tecida a mãe
a mão ao leme caricia forte
o instinto para a revolução
de dar nome a um coral
esperar céu aberto ao chão
...
( já terão caule e cal tão secretas razões )
não deixes cinzas para deitar sobre as ilhas
mas luz apenas luz por onde podemos andar
a entrar e sair de pátios fechados sobre si abertos
palavras e sem medo por dentro da nossa paz
fugaz abre liberdade ao templo sem orações
dos deuses faz homens das musas mulheres
de templos apenas um lugar onde o tempo
devagar põe na natureza um amor feroz .
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