horas sagradas de um entardecer
de Outono , a beira mar , cor
de safira , soa no ar uma invisível
lira ... o sol um doente a enlanguecer
... a vaga estende o braço a suster , numa
dor cheia de ira e revolta , a doirada cabeça ,
a balouçar , a flor das ondas , num lençol de
espuma
as minhas ilusões doce , tesoiro
também as vi levar numa urna
de oiro , no mar da vida assim
... uma por uma .
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