terça-feira, 4 de outubro de 2016

A minha vida

A minha vida è um barco abandonado

A minha vida è um barco abandonado
infiel , no ermo porto , ao seu destino
porque não ergue ferro e segue o atino
de navegar , casado com o seu fado ?
Ah ! falta quem o lance ao mar , e alado
torne seu vulto em velas , peregrino
fresco de afastamento , no divino


amplexo  da manhã , puro e salgado

Morto o corpo da acção da vontade
que o viva , vulto estéril de viver ,
boiando à tona inútil da saudade

Os limos esverdeiam  tua quilha ,
o vento embala - te sem mover ,
e para alèm do mar a ansiada
ilha


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