sexta-feira, 14 de outubro de 2016

as vozes do silêncio , vento

VENTO

À beira rio uma criança
estava num jardim a separar
as pombas dos melros sob
o olhar atento das gaivotas
e o silêncio rente das andorinhas
no meio das folhas irrequietas das

das árvores a criança agarrou um papel
com  palavras e imagens que a meio do
 vento me fugiu das mãos , a criança
pediu - me que fizesse daquela página
solta um avião ou um barco , disse - lhe
Faz tu , eu ajudo não sei voar nem navegar ,

a criança começou a sonhar com habilidade
e imaginação , o coração começou a abrir - se
como uma cor e a cabeça fechou - se como uma
concha , no fim da história apareceu a mãe a dizer
à criança não estragues o poema que è desse senhor .
respondi - lhe foi o seu filho que me ensinou a voar
e a navegar , por um instante , foi o que se nos deu ,
não pertencem a ninguém acaso , vivacidade , sei là
a arte  não   tem dono , anda por aì , ainda bem amen


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