segunda-feira, 17 de outubro de 2016

as vozes de silêncio , as minhas ilusões

As minhas ilusões

horas sagradas dum entardecer
de outono , à beira - mar , cor
de safira , soa no ar invisível
lira ... o sol è um doente a
enlanguecer ...

a vaga estende os braços
a suster numa dor de revolta


cheia de ira
a doirada cabeça
que delira num estremecer !

o sol morreu .. e veste o luto
o mar ,,, e eu vejo a urna de
oiro a balouçar , à flor das
ondas , num lençol de espuma

as minhas ilusões , doce tesoiro ,
também as vi levar em urna
de oiro , no mar da vida , assim
... uma por uma



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