O arabesco fantástico do fumo
Do meu cigarro traça o que disseste ,
A azul , no ar , e o que me escreveste ,
E tudo o que sonhaste e eu presumo .
Para a minha alma estática e sem rumo ,
A lembrança de tudo o que me deste
Passa como o navio que perdeste ,
No arabesco antiestético do fumo ...
Là Vão ! Là Vão ! Sem velas e sem mastros ,
Têm brilho rutilante de astros ,
Navios - fantasmas , perdem - se a distância !
Vão buscar - me , sem mastros e sem velas ,
Noivo - menino , a doidas caravelas ,
Ao ignoto País a minha infância ...
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