quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

NAVIOS - FANTASMAS

NAVIOS - FANTASMAS


O arabesco fantástico do fumo
Do meu cigarro traça o que disseste ,
A azul , no ar , e o que me escreveste  ,
E tudo o que sonhaste e eu presumo .

Para a minha alma estática e sem rumo ,
A lembrança de tudo o que me deste

Passa como o navio que perdeste ,
No arabesco antiestético do fumo ...

Là Vão ! Là Vão ! Sem velas e sem mastros ,
Têm brilho rutilante de astros ,
Navios - fantasmas , perdem - se a distância !

Vão buscar - me , sem mastros e sem velas ,
Noivo - menino , a doidas caravelas ,
Ao ignoto País a minha infância ...



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