sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

NIHIL NOVUM

Nihil novum


Na penumbra do pórtico encantado
De Bruges , noutras eras , jà vivi :
Vi os templos do Egipto com Loti ;
Lancei flores , na Índia , ao rio Sagrado .

No horizonte de bruma opalizado ,
Frente ao Bòsforo  errei , pensando em ti !

O silêncio claustros conheci
Pelos poentes de nàcar e brocado ...

Mordi as rosas brancas de Ispaã
E o gosto a cinza em todas era igual !
Sempre a charneca bàrbara e deserta ,

Triste a florir , numa ansiedade vã !
Sempre da vida - o  mesmo estranho mal ,
-  E o coração - a mesma chaga aberta !








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