segunda-feira, 6 de março de 2017

Entre Puro e Obsceno

Entre o puro e obsceno


Depois de teus sonetos
ler e salivar
a resolver em busca
de lascívia e mel

os vinte e cinco poemas ,
de um sò tropel
e , cinte , è que fico aqui
eu a cismar.

Se pode haver pornografia
em amar

mesmo que o amor
seja reverso e cruel

ainda que a soldo
no mais reles bordel
ou mesmo na inversão
a  arfar

não seria  no acto que se
pratica nem poderia estar
naquele que fornica

ainda que na posição
mais canalha

mesmo que nem seja
amor ,

seja mortalha imunda,
perfídia ,

que sò valha o ditado :

amor que fica è o de pica

Poema de António  Miranda
Para José António Pérez - Montorro





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