já diziam as palavras
e quando ouço
a memória de seus prodígios
paro ai e me demoro
como se abandona - se
o meu próprio reino
o que procuro não sei
mas è completo a cada
novo espanto e nítido
como se atravessasse
a herança do que me povoa
as vezes olho para o meu
corpo e não è o meu corpo
que vejo nas coisas destruídas
e re construìdas que emergem
intensamente e se multiplicam
trazem em si um rosto dilacerado
que não è o meu
por não ter a certeza no que vejo
fecho a chave os meus sentidos
e espero apenas que o entendimento
ponha verdade nas coisas que projecto
porém porque preciso da mais veloz
alegria dou - me por vencido toco
e sinto com espanto o dia
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