quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

IDENTIDADE

IDENTIDADE

Eu sou o vento
que havia de vir

venho das terras
onde os homens
já nasceram irmãos

e eu sei que já nada

os pode separar
os homens

eu beijo os brancos
na face e os negros
e toda a humanidade

eu sopro e trago
comigo  as chuvas
e os poemas

canto levo as
sementes redentoras

lanço - as conscientemente
eu sou o vento semeador

as minhas sementes são
homens e mulheres

e o meu gesto
è o mais belo
que o mundo
 viu

da terra negra
os homens

novos brotam
e as novas mulheres

e erguendo os braços
o sol os veste de
 fraternidade

eu sou o vento
que havia de vir

o vento necessário
escutai a canção
admirável

de meus lábios
de poeta

e deixai que eu passe

eu quero beijar
suavemente

os seios e o sexo
em flor

das mulheres magníficas
que estão a conceber

deixai que eu passe
bonaçonsamente

e serei em paz
quando não passarei

de qualquer forma
serei o furacão

que tudo subverte
pois a sementeira
terá de se fazer














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