terça-feira, 17 de janeiro de 2017

BEBER TODA A TUA TERNURA

Beber toda  ternura


Não te morada
habitar
como um beijo
entre os lábios
fingir ausente
e suspirar
( e o meu corpo

não se reconhece na espera )
percorrer com um sò gesto
o teu corpo
e beber toda a ternura
para refazer
o rosto em que desapareces
o abraço em que desobedeces.

Fausto Fonseca

Mia Couto,in Raiz de Orvalho.



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