Toma - me , ò noite eterna nos teus
braços e chama - me teu filho
eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
o meu trono de sonhos e cansaços
a minha espada pesada , pesada
a braços lassos , em mãos viris
e calmas entreguei ; e meu cedro
e coroa - eu deixei na anti câmara , feitos em pedaços
minha cota de medalha , tão inútil , minhas esporas
de um tinir tão fútil , deixeias pela escadaria
despi a realeza , corpo e alma , e regressei a noite
antiga e calma como a paisagem ao morrer do dia
Abismo
olho o Douro , e de tal arte que me esquece
e olhar olhando , e súbito isto bate - me de
encontro ao desvanecer - o que è sério , e
correr ?
Sinto de repente è oco - mesmo o meu pensar
tudo - eu o mundo em redor fica mais que o
exterior perder tudo e ser , ficar , e de pensar
se me some fico sem poder ligar ser ideia ,
alma de nome a mim , à terra e aos céus ... e
súbito encontro Deus .
Sem comentários:
Enviar um comentário