terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Viaja - me relâmpago


                                                                                                                                a  Ana  Pereira


pura ou impura pouco importa isso

simplesmente  humana


súbita  árvore  de  seios

desejos de angùstia 

coberta de  insultos raiva


a cada  instante  morres renasces

voo


com o teu olhar curvado

punhal  a cerado  cravado

no vento da nossa  loucura


com as tuas pequenas mãos se dosas

esmagando insectos flores  venenosas


com os teus lábios ardentes de febre

colados aos lábios frios da morte


caminha relâmpago  na treva


ignorante sabia de que  te busco

louco e cego


espermatozóide viajando  rápido

uma vez mais os secretos caminhos


uma vez mais a cada instante

morres renasces no sangue na

 voz no desespero com que te

chamo e me respondes


ignorante sabia visível secreta

pura impura


abres - me  dàs  - me  os cèus e virgem

 me dizes viaja - me viaja - me relâmpago

 



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