sò em ti a beleza encontra a forma
cantas e logo a noite se transforma
no dia que faltava a criação
não te perguntei se alguma vez
esperaste pelas minhas palavras
pelo meu navio por este vento
ardente
reclino o meu rosto na madrugada
que nasce incendiada em teus olhos
quando me fitas
e na dor e no silêncio as malhas
teço
com que me sepulto
porquê de tanto muro de tão espantosas
muralhas a separar - nos
na vida na morte onde eu estiver
tu estarás comigo e o resto
não será mas verás
que um bicho espera a primavera
em seu casulo
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