no asfalto
là em baixo o rio è uma imensa
cobra de água
cheios de sonho e ansiedade
esquecidos e serenos
os pescadores de noites sem fim
estão atentos esperam pacientemente que surjam
os peixes impossíveis que surjam do lodo
deixai - me na paz desta manhã tão clara com
os trigos a rebentar da terra e aquela égua dando
de mamar ao seu potro inquieto e sedento de uma
vida verdadeiramente plena sem análise nem tortura
ela mesmo incensa-mente húmida e triunfante
por isso estes galhos torcidos onde de novo
rebentam as folhas e flores
raspa - me de leve os cabelos e suavemente
poderosamente dizem aos homens atònitos
que deslizam no asfalto bom - dia
um sardão de ventre azul dorme ao sol
na bruma da estrada
bom dia !
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