quinta-feira, 13 de outubro de 2016

MEU AMOR

SOPRO FINO DE VENTO
a rigor lavando areia ao rosto
hirto um deserto húmido olhar
um dedo apontado ao mito
a beleza do silêncio no grito
cada ilha um livro e um filho
parido por hábil febre a mar
dedos de marfim por escrito
passo a passo à mágoa  barco
a pele mármore tecida a mãe

a mão ao leme caricia forte
instinto para a revolução
de dar nome a um coral

esperar céu aberto ao chão


....

( jà terão caule e cal tão secretas razões )
não deixa cinzas para deitar sobre as ilhas
mas luz por onde podemos andar a entrar

e sair de pátios fechados sobre si abertos
as causas que pedra a palavra e sem medo
por dentro da nossa paz fugaz sobre a liberdade
aos templos sem orações dos deuses faz homens
das musas mulheres de templos apenas um lugar
 onde  o tempo devagar põe na natureza amor feraz






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